Em um post do seu blog, Mark Shuttleworth – fundador da Canonical, dona do Ubuntu – revelou que o Nokia Qt será incluído como um componente padrão nas próximas versões do Ubuntu, a distribuição Linux mais popular atualmente. Trata-se de um framework multiplataforma, ou seja, que funciona em vários sistemas operacionais, desenvolvido em C++. Sua utilização torna possível desenvolver aplicativos e bibliotecas e compilá-los em diversas plataformas, sem a necessidade que alterar o código fonte. É bastante utilizado no KDE (interface gráfica para Linux) e no Maemo (nova plataforma para dispositivos móveis da Nokia). Ambos livres.
Com o Qt também será possível um posicionamento mais forte no “mundo” dos dispositivos móveis. Irá também ajudar a acelerar o desenvolvimento de aplicativos de terceiros. A mudança pode ser considerada como bastante controversa, pois enquanto distribuição “Gnome”, historicamente o Ubuntu sempre se alinhou com o Gtk+, outro toolkit multi-plataforma para a criação de interfaces gráficas.
Historicamente, aplicações Linux para desktop têm sido desenvolvidas com Gtk+ ou Qt, os dois toolkits livres dominantes para esse fim. O Qt foi, originalmente, criado pela Trolltech. As maiores distribuições Linux padronizaram o desenvolvimento utilizando o Gtk+ por causa da sua licença mais permissiva e mais barata para o desenvolvimento de softwares proprietários. Apesar disso, o Qt está tendo uma evolução mais rápida sob vários aspectos, como melhores recursos e portabilidade.
A Nokia adquiriu a Trolltech em 2008 e licenciou o QT sob a licença LGPL em 2009, o que eliminou as barreira comercial do licenciamento, que impediu a adoção em larga escala do toolkit. Entre as empresas que utilizam o Qt estão: Google, Amazon, Skype e Adobe.
Fonte: ars technica
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